lunes, 14 de septiembre de 2009

Ataque Sakalava en las Islas Quirimbas

3 - AS INCURSÕES MALGAXES:(Sakalavas)
3.2 - A SEGUNDA EXPEDIÇÃO
...No dia 1º de Setembro desembarcaram na ilha de Querimba, assolando, roubando, matando, aprisionando tudo o que encontravam, assenhorando-se do batel de Manuel Onofre Pantoja, que estava fundeado no porto da mesma ilha, carregado de cauri, com a maior parte do seu fato, ao qual deitaram fogo e avariaram as embarcações que ali estavam. O dito Pantoja, Caetano José Cordeiro e o padre vigário escaparam da fúria destes bárbaros, à sua vista, no escalar do referido Cordeiro, que se transportou pelo passo que há para este Ibo e chegada à minha presença me narraram o sucedido e que o número de embarcações ou lacas era grande[142].
O povo do Ibo, no entanto, amedrontado e com receio de ser molestado, roubado e morto pelos Sakalava, elaborou e entregou uma representação ao Governador das lhas, do teor seguinte:

Representamos nós abaixo assinados moradores deste Ibo, que vendo a grande hostilidade que têm feito os Sakalaos desde a Arimba à Querimba; (...) considerando as forças que nós temos muito diminutas e, igualmente, o número de gente que não pode ser repartida com suficiência, assim na Praça como fora dela, à vista de sessenta lacas pelo que dizem os que viram, cujas forças são muito maiores, suplicamos a V.M. que haja por bem mandar recolher-nos com as nossas famílias na dita Praça, não obstante a ordem de V.M. que nós temos para defender, ficando-nos fora dela, porquanto de certeza perderemos as nossas vidas sem ser útil, assim para nós mesmos como para a defesa da dita Praça e assim ficando nela ao menos teremos vigor para resistir a qualquer ataque que os mesmos queiram tentar, executando nela todas as ordens de V.M[145].
3.3 - A TERCEIRA EXPEDIÇÃO
Baldados os seus propósitos, o Princípe de Anojasse, com os seus atacantes Sakalava, retirou-se para a ilha de Querimba (6ª vez visitada), donde, por três vezes, dirigiu, por um mensageiro, cartas ao Governador das Ilhas, pelas quais justificava as suas incursões à costa de Moçambique e às Ilhas:

...dizendo ao mesmo tempo que o vir aqui parar que é em razão de um vento sul muito forte que apanhou no canal, pelo que o seu desígnio quando de São Lourenço se dirigia a essa capital para tomar vingança do cheque de Sancul, que é o motivo de lhe não entregar a sua mulher e filha, nas mesmas cartas em que me pede por amor de Deus e pelos juramentos mais sagrados da sua Seita que interceda para com V. Exa. a entrega de sua mulher, filha e alguns escravos seus que com ela se acham[199].
Entrava-se no ano de 1818 e a notícia chegada de Quiloa[231], de que uma grande expedição com 1500 lakas viria este ano atacar as Ilhas, parece não ter impressionado o responsável pelo governo das Ilhas, que, nessa data, já estava a pensar na utilização do reduto de Santo António[232], que, com 7 peças, defenderia a entrada da vila pelo lado NW, local por onde costumavam entrar os Sakalava, vindos a pé, da Querimba .
http://br.geocities.com/quirimbashistoria/

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